O fim de algo que nunca começou
- Léo Tatarana
- 6 de nov. de 2017
- 2 min de leitura

“... nossa amizade se deteriorou.“
Isso marcou muito a última conversa 'virtual' que tivemos para tentar levar a relação para frente. Trouxe para você o que estava acontecendo comigo sobre a relação, sobre o que eu sentia e, é claro, houve muito mais coisas que doeram vindas de você nesse dia.
Percebi ali, o que já havia acontecido diversas vezes anteriormente: a sensação de que eu não era importante. Sensação de me sentir um objeto, usado apenas quando convém.
Mas, o que podia fazer? Aceitei, concordei para não gerar mais sofrimento nas palavras. Queria te dizer mais coisas, mas o resto de fagulha se apagou ali. A pessoa que acreditava conhecer deixou de existir.
Não tinha percebido que estava alimentando ilusões criadas por mim mesmo, há tempos. Sei que você também é responsável em parte. Admito que estava consciente dessa ilusão, mas as mentiras que criei para encobrir ela cegaram essa consciência.
Acredito que foi por isso, o motivo de ter sofrido por pouco tempo frente à morte dessa ilusão. Já a conhecia.
Como dito na conversa, sei como tudo pode ser melhor. Mas não posso fazer isso por si só. Não depende só de mim. E, desde então, tudo zerou. As dores, a amizade ou qualquer ilusão morreu naquele dia, ficando apenas o aprendizado. Sem culpar você, reconhecendo e aceitando meus erros, melhorando em mim mesmo, tudo o que for possível para as próximas interações.
Vendo como tudo ocorreu, só tenho a agradecer. Fez-me enxergar o valor de minhas habilidades intuitivas e espirituais.
Foi mais um luto que tive que viver na vida. Deixou-me muito mais receptivo ao que acontece de bom ao meu redor. Trouxe-me mais perto da dimensão do que realmente é o amor e para o propósito dos relacionamentos. Aumentando o valor sobre os quesitos que sempre acreditei e que pratiquei frente à interação que vivemos e as demais que convivo dia após dia: Presença, Atenção e Afeto.
Para mim, a amizade e o amor acontecem dentro desses quesitos acima. Sem eles em movimento nas relações, haverá apenas interações baseadas no medo, dor, desejos, gostos, interesses e máscaras. E elas sempre terão um prazo de validade muito curta, se não forem transformadas.
“Ao nos relacionar, aprendemos muito mais sobre nós do que sobre o outro.”
Léo Tatarana